A vida é como um jogo ou tens
sorte ou então aprendes a jogar com as cartas que tens na mão. Podes até não
ter o trunfo, mas podes ganhar o jogo com meia-dúzia de cartas aparentemente
sem valor. Ás vezes o jogo vira-se, a vida muda. É nesse preciso momento que
tens que saber pensar estrategicamente. Sabes, é nessas viravoltas que tens
oportunidade de jogar pelo seguro ou de encontrares maneira de jogares com o
que tens. E quando descobres que um duque pode tornar-se no teu às de copas? E se for no leque de cartas
sem ser trunfo que encontras o teu
Rei? É no baralho que podes ter a oportunidade de baralhares pela primeira vez
a tua mente e sentires cócegas no estômago consequência da dança apaixonada das
borboletas.
Compreende que é por vezes num
jogo sem trunfos com o qual podes alcançar a melhor jogada, assim é o amor. Aconteceu comigo. Aconteceu contigo.
A nossa história começou numa de uno,
jogo longo e engraçado, onde tudo pode acontecer e, nem sempre quem está à
frente é o vencedor. Por isso, não desesperei. Tudo o que é meu, será meu.
Digo-te isto não pelo sentimento de posse, mas pelo privilégio te ter-te na
minha vida. Não importa quantas cartas lances de vira-sentido porque se está destinado e é a tua alma-gémea, o jogo
pode até conhecer sentidos-proibidos
e mudanças de cor diversas, mas se for para ser, será. É no biscar que tens que ser inteligente e
saber parar. Tudo acontece por alguma razão, a mente pode até manipular-te, mas
quem nunca se enganará é o coração.
Sabes aquele jogo estúpido do quarenta-apanha? Foi como senti desde
que te conheci e entraste na minha vida. As cartas caem sob a força da
gravidade e impulsionadas pela mão do homem, eu simplesmente caí em mim, mas
através do gesto nobre da mão de Deus, sim, porque foi ele que te colocou no
meu caminho. Se uma mulher não se torna mulher, porque haveria de um homem
nascer príncipe? Tu ensinaste-me que as histórias
de encantar, na realidade, fazem muitos aspectos mudar. De sapo viraste
príncipe. De dona de mim, aprendi a querer também tomar conta de ti. Ser-se
romântico/a não é uma característica adquirida, ela é inata e espontânea,
apenas só se conhece quando chega o verdadeiro momento. Perdoa-me a
frontalidade e a dureza das palavras, mas é como o cancro, está no nosso
interior, alguns conhecem a infelicidade do seu manifesto e aprendem a
valorizar a vida, outros por inércia da vida ou pelo historial de saúde tem a
sorte de não conhecer essa sensação dolorosa.
Senti-me desesperada e porquê?
Simples. Por ti fiquei completamente apaixonada.
Os ventos podem não ter soprado
sempre a nosso favor e de ter sido preciso termos vivido em outras estações
para conhecermos de verdade a magia da união de dois corações.
Tudo acontece no tempo certo e
sei que a nossa hora chegou. Dá-me a mão e vamos jogar juntos, prometes?
Jogamos sempre a pares e sem batotas? Não quero fim-de-jogo nem game over, quero jogadas infinitas e
quanto ao resto? Para isso, estou-me nas tintas.
Jogámos no passado,
Jogamos no presente,
Jogaremos no futuro,
Jogaremos sempre.